Pavimentos no Edifício Comercial na Rua Braamcamp, nº 9, em Lisboa, 1967/69
No pavimento da cave, executado em “calçada-mosaico” em preto e branco, procurei organizar uma grande variedade de combinações a partir apenas de 4 círculos com diâmetros diferentes, tendo procurado obter os seguintes objectivos:
- Criar um percurso variado e coerente, ao longo da galeria da cave;
- Exprimir através do desenho do chão a possibilidade de escolha do caminho, em especial na bifurcação a meio da galeria, que dá acesso à caixa da escada interior do prédio;
- Distribuir o claro-escuro do pavimento por forma a contrariar e “corrigir” no chão os triângulos de sombra provocados pelos pilares da construção: - usando maior percentagem de branco nessas zonas de sombra, e mais preto nas áreas que recebem mais luz natural;
- Quanto ao desenho nos vários padrões de círculos, usei-o com ritmos diferentes. Diversas combinações dos quatro moldes dos calceteiros permitiram-me inscrever círculos mais pequenos em círculos maiores, criando assim ritmos de crescimento e de decrescimento do claro-escuro, e do próprio desenho.
Usei também círculos negros sobre fundo branco, e círculos brancos sobre fundo branco, servindo-me neste último caso do corte das pedras para salientar os círculos brancos.
- Nos patins das escadas, ao mesmo nível da rua, preocupei-me sobretudo em relacionar o pavimento da calçada com o desenho de linhas rectas dos labirintos em betão aparente, que projectei para as duas empenas do prédio.
Mas também aqui procurei diferenciar a entrada dos automóveis para o monta cargas, assinalada por uma barra larga perpendicular ao portão da garagem, em oposição com o percurso das pessoas, que é mais livre e dinâmico.
- Criar um percurso variado e coerente, ao longo da galeria da cave;
- Exprimir através do desenho do chão a possibilidade de escolha do caminho, em especial na bifurcação a meio da galeria, que dá acesso à caixa da escada interior do prédio;
- Distribuir o claro-escuro do pavimento por forma a contrariar e “corrigir” no chão os triângulos de sombra provocados pelos pilares da construção: - usando maior percentagem de branco nessas zonas de sombra, e mais preto nas áreas que recebem mais luz natural;
- Quanto ao desenho nos vários padrões de círculos, usei-o com ritmos diferentes. Diversas combinações dos quatro moldes dos calceteiros permitiram-me inscrever círculos mais pequenos em círculos maiores, criando assim ritmos de crescimento e de decrescimento do claro-escuro, e do próprio desenho.
Usei também círculos negros sobre fundo branco, e círculos brancos sobre fundo branco, servindo-me neste último caso do corte das pedras para salientar os círculos brancos.
- Nos patins das escadas, ao mesmo nível da rua, preocupei-me sobretudo em relacionar o pavimento da calçada com o desenho de linhas rectas dos labirintos em betão aparente, que projectei para as duas empenas do prédio.
Mas também aqui procurei diferenciar a entrada dos automóveis para o monta cargas, assinalada por uma barra larga perpendicular ao portão da garagem, em oposição com o percurso das pessoas, que é mais livre e dinâmico.
Eduardo Nery
[O autor deste blogue agradece a Eduardo Nery a autorização para publicar estes seus documentos (texto e fotos)]
-
Foto de Fernanda Garrido
No comments:
Post a Comment