Thursday, September 22, 2011

Wallpaper groups. Tissues: Portugal, «Hospitais da Universidade de Coimbra» - p3



Versão da minha exclusiva responsabilidade, feita para este blogue, de um padrão . Na primeira imagem a "densidade" das letras sobre o fundo branco é menor e aproximadamente igual à dos tecidos originais. Estas imagens não têm qualquer correspondência (que eu saiba) com material actualmente existente nos HUC. Ver:
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Monday, September 19, 2011

O menino e o poeta / The boy and the poet [uma curta-metragem de Luiz Duarte]

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Carlos Drummond de Andrade (in Copacabana)
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«O MENINO E O POETA é um filme de curta-metragem do dramaturgo e diretor Luiz Duarte. O filme, com 16 minutos de duração, mostra o início da amizade de um menino de rua, com o poeta Carlos Drummond de Andrade, representado por sua escultura (estátua) que existe na orla da praia de Copacabana, e que hoje se transformou em ponto turístico do bairro. No filme a escultura ganha vida para o menino, e passam a conversar sobre diversos assuntos, onde a vida, a morte, e a própria poesia são temas centrais. Para o autor e diretor do filme, O menino e o poeta, é um exercício de poesia audiovisual e uma homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade. FATO INÉDITO: Independentemente do conteúdo poético e cinematográfico, a grande notícia é que com essa produção Luiz Duarte faz uma extraordinária inovação e contribuição para a dramaturgia no cinema. Pela primeira vez na história audiovisual, a voz de uma personagem ficcional (falas que o texto exigia) foi inteiramente recriada digitalmente a partir de amostras da voz da verdadeira personagem (voz verdadeira de Carlos Drummond de Andrade). Foi preciso quase um ano de trabalho, para que o diretor pudesse desenvolver a técnica e fazer com que o próprio poeta Drummond, "falasse" as suas falas escritas no roteiro. A personagem do menino é interpretada por Wallace Coutinho de Souza. Mais informações em www.luizduarte.com »
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Thursday, September 15, 2011

Wallpaper groups. Tissues: Portugal, «Hospitais da Universidade de Coimbra» - p4

Versão da minha exclusiva responsabilidade, feita para este blogue, de um padrão . Esta imagem não tem correspondência com os tecidos originais. Procurei apenas respeitar as suas cores e dimensões. Os tecidos originais podem ser vistos aqui:
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«» are all drawn by Jorge Rezende

Monday, September 12, 2011

A força poética do conhecimen​to científico​ [numa crónica de Carlos Drummond de Andrade]

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«A descober­ta é a própria poesia»
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«ah, que sei apenas escrever a palavra estrela, e jamais descobrirei uma...»
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Carlos Drummond de Andrade, por Portinari
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O COMPANHEIRO OCULTO DE AITKEN-14

Cada vez sinto mais a força poética do conhecimento científico. Poeta, para mim, neste momento, é Ronaldo Ro­gério de Freitas Mourão, astrônomo-chefe da Seção de Equatoriais do Observatório Nacional. Seus livros de ver­sos não contêm versos, embora obedeçam à métrica mais exigente: a micrométrica. Usa o menor número possível de palavras; exprime-se por algarismos, com rigor matemático. Entretanto, Rogério vê o invisível, o que me parece ser o objeto principal da poesia, e resultado que raros poetas conseguem obter em raros instantes de felicidade verbal.
Ver o invisível? Isso mesmo. Armado de poderosas len­tes de observatório, não se satisfaz com o que elas lhe reve­lam; vai além, e, a poder de cálculos, identifica, suspensos no espaço, corpos alheios à vista humana. Ainda agora, des­cobriu o companheiro oculto de Aitken-14, estrela dupla.
As estrelas duplas são o forte desse moço pesquisador celeste que já editou quatro séries de dados sobre pares de estrelas, fruto de observação própria. O catálogo do Lick Observatory, em 1964, informa sobre a existência conheci­da, até 1960, de 64.247 estrelas duplas. Nesse universo fan­tástico, Ronaldo se move com a perícia (e a intuição poética) do caçador submarino que fisga espécies novas para oferecê-las ao conhecimento humano.
Estrelas duplas, ou binárias, são as que se apresentam com características comuns de posição e movimento. O padre O'Grady, em seu dicionário do céu, salva minha igno­rância, anotando que a origem desses sistemas estelares ainda é objeto de discussão; admite-se geralmente que as duplas resultam da divisão de estrelas simples, do mesmo modo que, ao se dividirem as duplas, se criam as triplas, e assim por dian­te. Seja como for, o certo é que a imagem desses astros con­jugados em órbita é de extraordinária eficácia lírica. A relação amorosa fatalmente se insinua no conhecimento cien­tífico, ou este é que o sugere. Estrelas que não querem viver desgarradas, que se prendem por uma necessidade maior, de­nunciada pelo Dante: l'amor che move il sole e l'altre stelle. O verso medieval não se gastou, depois de tão repetido pela demagogia poética: a ciência de nossos dias o comprova.
Aitken-14 não se satisfez com a existência geminada; guar­da consigo o segredo de outra companhia, de que Rogério Mourão foi descobridor à custa de muita e ordenada pesqui­sa, ele que retificou as medidas internacionais da Dunlop-203 e devassa o céu noturno, sem Lua, por meio de uma "câmara todo-céu", de sua concepção. Que companhia é esta, invisível mas pulsante na página cheia de números? A objetiva mais poderosa ainda não logrou captá-la. Não há imagem brilhante, disco estelar, anéis de difração. Tudo está entre Rogério e a fo­lha de cálculos enigmáticos para nós leigos, mas isto se move, isto vibra, e amanhã, daqui a não sei quantos anos, terá co­nhecida sua natureza, sua composição, seu mistério; será tal­vez pisado por pés de homem. Segundo o Informe JB, que dá a notícia, Rogério sabe que tão cedo sua descoberta não será cantada em prosa e verso. Nem precisa de canto. A descober­ta é a própria poesia. Forma diversa da usada habitualmente para manifestar a criação poética, e mais direta: a criação do próprio fato de poesia, abstração tornada realidade. Não, Ro­naldo Rogério de Freitas Mourão não necessita de prosa ou verso, ou versiprosa, para que visualizemos sua estrela ocul­ta: ela está luzindo com apenas ser enunciada, e daqui lhe con­fesso minha inveja: ah, que sei apenas escrever a palavra estrela, e jamais descobrirei uma...
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Jornal do Brasil, 26/05/70
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Ver neste blogue:

Thursday, September 08, 2011

Tissues / Tecidos: Hospitais da Universidade de Coimbra



Os meus agradecimentos a quem trabalha nos HUC, particularmente em Ortopedia A.
As fotografias dos tecidos são de minha autoria.
Desafio os leitores a verem quais são as simetrias existentes nestes tecidos.

Wednesday, September 07, 2011

NÃO [de uma crónica de Carlos Drummond de Andrade]


Um jornal de Belo Horizonte andou perguntando a seus leitores qual a melhor frase de autor mineiro.
(...)
E, depois de muito hesitar, admito que acabaria optando por uma solução bem simples. A melhor frase de escritor mineiro não é de escritor nem é uma frase. Está nos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira, volume IV, página 35, e seu autor é Tiradentes:
"E insistindo nisto, por mais instâncias, que se lhe fizeram... não teve que lhe responder, mais que uma simples, e fria negação."
Este não, simples e frio, diante do opressor, parece-me uma boa frase. Porque boa frase, para mineiros, é muitas vezes o silêncio.
Leitura, setembro 1949
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(ESPÍRITO E SENSIBILIDADE DOS MINEIROS, Carlos Drummond de Andrade, Auto-retrato e outras crônicas)
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Thursday, September 01, 2011

Wallpaper groups. Portuguese tiles: Eduardo Nery - p4mm

combinação de azulejos do grupo 
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Portuguese tiles: Eduardo Nery, Azulejo (2)
combinação de azulejos do grupo
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Versão da minha exclusiva responsabilidade, feita para este blogue, de azulejos de Eduardo Nery, com um eixo de reflexão numa diagonal. As cores e as combinações de cada azulejo também são da minha exclusiva responsabilidade.
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Ver
Eduardo Nery (Official Website)