Pavimento na Praça do Redondo,
1968/1971
No pavimento em
calçada-mosaico, que projectei para a Praça da República no Redondo (Alto
Alentejo), pretendi resolver os seguintes problemas, em estreita colaboração
com o Arqº Formozinho Sanches, autor do novo Tribunal e projectista dos espaços
exteriores desta praça:
- Criar
uma malha de preto e branco, que exprimisse a direcção do percurso dos automóveis, que a contornam em dois dos seus lados;
- Tornar o desenho do pavimento assimétrico, reforçando assim a composição do arquitecto, que projectou uma zona de convívio organizada em torno de uma fonte e de algumas árvores, localizada num dos cantos desta praça;
- Criar uma malha de grandes linhas rectas ortogonais, que prolongaram para o pavimento as dimensões do espaço-fonte, e ainda o próprio edifício da Câmara Municipal e do pórtico da sua fachada principal. Assim, esta malha de escala muito larga teve em linha de conta as proporções dos elementos estruturantes deste espaço urbano, tratado por mim como um todo unitário;
- Ligar pontualmente a escultura de Jorge Vieira, junto ao novo Tribunal, com uma agulha em pedra na referida fonte, através da marcação de um forte quadrado no pavimento, reforçando assim o eixo visual, que liga entre si aqueles dois elementos verticais;
- Por outro lado, existindo nesta praça um edifício do século XVIII (a Câmara Municipal), com bastante carácter, e em contacto directo com o pavimento em mosaico, propus-me ainda acrescentar ao meu desenho de grandes losangos (usados dominantemente nesta praça), uma segunda malha de quadrados, mais estática e com elementos mais pequenos, por tal forma, que ambos os padrões pudessem exprimir e enquadrar tanto a arquitectura simétrica da Câmara, mais estática, com a arquitectura mais movimentada do novo Tribunal.
- Tornar o desenho do pavimento assimétrico, reforçando assim a composição do arquitecto, que projectou uma zona de convívio organizada em torno de uma fonte e de algumas árvores, localizada num dos cantos desta praça;
- Criar uma malha de grandes linhas rectas ortogonais, que prolongaram para o pavimento as dimensões do espaço-fonte, e ainda o próprio edifício da Câmara Municipal e do pórtico da sua fachada principal. Assim, esta malha de escala muito larga teve em linha de conta as proporções dos elementos estruturantes deste espaço urbano, tratado por mim como um todo unitário;
- Ligar pontualmente a escultura de Jorge Vieira, junto ao novo Tribunal, com uma agulha em pedra na referida fonte, através da marcação de um forte quadrado no pavimento, reforçando assim o eixo visual, que liga entre si aqueles dois elementos verticais;
- Por outro lado, existindo nesta praça um edifício do século XVIII (a Câmara Municipal), com bastante carácter, e em contacto directo com o pavimento em mosaico, propus-me ainda acrescentar ao meu desenho de grandes losangos (usados dominantemente nesta praça), uma segunda malha de quadrados, mais estática e com elementos mais pequenos, por tal forma, que ambos os padrões pudessem exprimir e enquadrar tanto a arquitectura simétrica da Câmara, mais estática, com a arquitectura mais movimentada do novo Tribunal.
Eduardo Nery
[O autor deste blogue agradece a Eduardo Nery a autorização para publicar estes seus documentos (texto e fotos)]
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Ver:
Portuguese pavements: Eduardo Nery, Praça da República, Redondo, Portugal
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Ver:
Portuguese pavements: Eduardo Nery, Praça da República, Redondo, Portugal
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