Desenhos de Jorge Rezende do azulejo de 1966 de Eduardo Nery
e do seu dual.
São ambos azulejos articulados. Pertencem ambos à primeira família de azulejos articulados (há três).
Os azulejos articulados possuem de comum uma “divisão”
natural em quatro quadrados iguais que se obtêm traçando os dois
segmentos que unem os pontos médios de arestas opostas. Formam uma
espécie de matriz com duas linhas e duas colunas (2×2); os dois
quadrados de cima são a primeira linha e os de baixo a segunda; os dois
quadrados da esquerda são a primeira coluna e os da direita a segunda.
Trocando as linhas forma-se um novo azulejo; precisamente o mesmo
azulejo se obtém trocando as colunas. Esse azulejo, único, chama-se “o
dual” do azulejo de que se partiu; este, é o dual do dual, naturalmente.
Tem mais duas propriedades notáveis: é um azulejo articulado; se o
azulejo inicial tiver continuidade de cores entre azulejos, o seu dual
também tem. O dual do azulejo de Eduardo Nery tem exactamente as mesmas
propriedades geométricas que o azulejo de Nery. Não tem, obviamente, as
mesmas propriedades plásticas.
A primeira figura mostra o azulejo de 1966 de Eduardo Nery
tendo representadas as suas simetrias. As linhas vermelhas representam
eixos de reflexão. Os pontos com um pequeno quadrado violeta,
representam centros de rotação de ordem 4. Os pontos com um pequeno
círculo violeta, representam centros de rotação de ordem 2.
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