Pavimentos no interior da estação
Campo Grande, do Metropolitano de Lisboa, 1983/92
A intervenção plástica
no interior acabou por se alargar à definição da cor
global de todas as zonas públicas,
à excepção do futuro centro comercial no piso térreo, enriquecida ainda pela
possibilidade de ter desenhado padrões geométricos para pavimentos em granito e
para os azulejos monocromáticos texturados, nas escadas e em pequenas paredes no
átrio central. Aliás, todo este grande espaço do átrio é definido por uma
“cinta” de azulejos brancos, amarelos e azuis, que o transformam num espaço
contido, apesar das inúmeras aberturas e interrupções, de janelas, portas e
escadas. Também o desenho deste pavimento, igualmente em quadrados (que
respeitam a modulação da arquitectura da estação), define claramente um centro
forte em torno da escada principal e um eixo transversal bem marcado, em
direcção às duas entradas laterais. Neste pavimento estão ainda enunciados
diversos percursos internos, em especial o encaminhamento dos utentes, através
de obliteradores, para as escadas que ligam o átrio ao piso superior dos cais.
Eduardo Nery
(excerto de um texto publicado numa
monografia sobre a Estação Campo Grande, editado em 1993 pelo Metropolitano de
Lisboa)
[O autor deste blogue agradece a Eduardo Nery
a autorização para publicar estes seus documentos (texto e fotos)]
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