Pavimento destinado a uma
alameda em Borba, 1979 (não concretizado)
A encomenda deste
pavimento e a minha participação no arranjo dos espaços exteriores da área
ocupada pela Escola Preparatória de Borba (Alentejo), e o seu prolongamento
para os espaços camarários anexos partiu da Indubel, a firma construtora da
Escola, por proposta do Arqº João Paciência, seu consultor técnico e autor dos
arranjos exteriores da escola e da aplicação do projecto-tipo da D.G.E.E.
(M.E.C.)
A colaboração que se seguiu foi extremamente rica, porque o Arqº João Paciência não se limitou, como por vezes acontece, a definir a área de intervenção plástica, participando directamente em todo o processo de desenvolvimento do trabalho, até à solução final do remate do topo mais afastado da Escola.
Também a minha intervenção não se limitou ao desenho do pavimento, tendo podido projectar a escada que liga um parque de estacionamento com a zona central da alameda, e ainda uma plataforma circular no topo mais distante da escola.
O desenho do empedrado, relativamente complexo na sua articulação e diversidade de motivos circulares, obedece sempre à malha estrutural subjacente, visto todas as curvas terem sido traçadas a partir dos centros das caldeiras das árvores.
As árvores, embora crindo jogos de sombras, que interferirão certamente de forma aleatória e inesperada sobre o desenho do pavimento, farão parte integrante de um espaço concebido para as conter e as envolver.
O ritmo geral destes espaços vive da conjugação dinâmica entre zonas de movimento quase obcessivo, contrabalançadas por outras muito mais calmas, marcadas apenas por pequenos círculos ou por coroas circulares.
Por sua vez, todas as escadas ou a plataforma circular no topo da alameda obedecem a um sentido rítmico que prolonga o espírito do desenho do pavimento principal, embora a escada mais dinâmica seja aquela, que liga o meio da alameda com o parque de estacionamento, vivendo de um jogo de estrangulamentos e de “distenções”, geradoras de variações ao longo do seu percurso.
Embora insuficientemente estudado, previ uma situação intermédia entre a árvore e o cilindro de betão pintado de vermelho, constituída por pilares cilíndricos, com a armadura de ferro saindo no topo circular, na vertical (e não em diversas direcções, como se pode ver na fotografia da maquete), numa situação irónica de metamorfose entre o tronco e a copa de uma árvore, e o “tronco” cilíndrico em betão.
A colaboração que se seguiu foi extremamente rica, porque o Arqº João Paciência não se limitou, como por vezes acontece, a definir a área de intervenção plástica, participando directamente em todo o processo de desenvolvimento do trabalho, até à solução final do remate do topo mais afastado da Escola.
Também a minha intervenção não se limitou ao desenho do pavimento, tendo podido projectar a escada que liga um parque de estacionamento com a zona central da alameda, e ainda uma plataforma circular no topo mais distante da escola.
O desenho do empedrado, relativamente complexo na sua articulação e diversidade de motivos circulares, obedece sempre à malha estrutural subjacente, visto todas as curvas terem sido traçadas a partir dos centros das caldeiras das árvores.
As árvores, embora crindo jogos de sombras, que interferirão certamente de forma aleatória e inesperada sobre o desenho do pavimento, farão parte integrante de um espaço concebido para as conter e as envolver.
O ritmo geral destes espaços vive da conjugação dinâmica entre zonas de movimento quase obcessivo, contrabalançadas por outras muito mais calmas, marcadas apenas por pequenos círculos ou por coroas circulares.
Por sua vez, todas as escadas ou a plataforma circular no topo da alameda obedecem a um sentido rítmico que prolonga o espírito do desenho do pavimento principal, embora a escada mais dinâmica seja aquela, que liga o meio da alameda com o parque de estacionamento, vivendo de um jogo de estrangulamentos e de “distenções”, geradoras de variações ao longo do seu percurso.
Embora insuficientemente estudado, previ uma situação intermédia entre a árvore e o cilindro de betão pintado de vermelho, constituída por pilares cilíndricos, com a armadura de ferro saindo no topo circular, na vertical (e não em diversas direcções, como se pode ver na fotografia da maquete), numa situação irónica de metamorfose entre o tronco e a copa de uma árvore, e o “tronco” cilíndrico em betão.
Eduardo
Nery
[O autor deste blogue agradece a Eduardo Nery a
autorização para publicar estes seus documentos (texto e fotos)]
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