José Saramago
(16 de Novembro de 1922 - 18 de Junho de 2010)
De paisagens mentirosas
de luar e alvoradas
de perfumes e de rosas
de vertigens disfarçadas.
Que o poema se desnude
de tais roupas emprestadas
seja seco, seja rude
como pedras calcinadas.
Que não fale em coração
nem de coisas delicadas
que diga não quando não
que não finja mascaradas.
De vergonha se recolha
se as faces tiver molhadas
para seus gritos escolha
as orelhas mais tapadas.
E quando falar de mim
em palavras amargadas
que o poema seja assim
portas e ruas fechadas.
Ah! que saudades do sim
nestas quadras desoladas.
Luís Cília: "Dia não"
Luís Cília (e Manuel Freire): "Dia Não"
outro episódio de "Se bem me lembro", de Vitorino Nemésio
-
Ferreira de Castro sofrera um avc no início do mês de Junho de 1974, em
Macieira de Cambra, e estava em como no Hospital de Santo António, no
Porto, onde...
1 week ago
No comments:
Post a Comment