Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vídeo:
Soneto da Separação (Vinícius de Moraes)
uma selecção nacional, por Ana Moreira
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daqui
Discutível, como o são todas: falta ali muita gente, e alguns duvido que lá
devessem estar.
Agustina Bessa Luís, Ana Luísa Amaral, Dulce Maria C...
2 days ago
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