Impressão Digital
Os meus olhos são uns olhos,
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.
Quem diz escolhos, diz flores!
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!
Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.
Vê moinhos? São moinhos!
Vê gigantes? São gigantes!
(António Gedeão, in Movimento Perpétuo)
Copiado de http://www.romulodecarvalho.net/
Ver o manuscrito aqui
correspondências
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(*Reinaldo Ferreira (Repórter X) a Ferreira de Castro*) *«Lisboa *10 de
Fevereiro de 1926. // Meu Caro Ferreira de Castro // Já sabes o que certa
bela ca...
1 day ago
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