polýedros

πολύεδρος polyhedron polyèdre polyeder 多面體 многогранник المجسم كثير السطوح poliedro

Saturday, March 06, 2010

Desde mais infinito a menos infinito...


Homem

Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.

(António Gedeão, in "Movimento Perpétuo")

Ver o original aqui

«Mas há sempre um grama de cepticismo na esperança de Gedeão, quando ele aponta para o progresso científico e técnico da Humanidade e até para a presença muito forte da arte num estádio superior de civilização. Gedeão desconfa do homem e tem razões para isso. Logo no seu primeiro poema, o Homem é um «animal aflito», isto é, retituído à sua efectiva animalidade, mas é também «universo em expansão, ou seja criatura em desenvolvimento», «desde mais infinito a menos infinito», o que supõe a hesitação sobre o desfecho da luta que o homem trava com o tempo.»
(Urbano Tavares Rodrigues)
***
Ler ainda: António Gedeão: o que diz Jorge de Sena
Jorge em 10:00 PM
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