Thursday, October 27, 2011

Wall Street


Nueva York

De un par de cañonazos, los ingleses abaten la bandera que flamea sobre el fortín y arrancan la isla de Manhattan de manos de los holandeses, que la habían comprado a los indios delaware por sesenta florines.
Dicen los delaware, recordando la llegada de los holandeses hace más de medio siglo: El gran hombre quería sólo una tierra pequeña, pequeña, para sembrar las verduras de su sopa, apenitas el espacio que una piel de toro podría cubrir. Debimos advertir entonces su espíritu fraudulento.
Nueva Ámsterdam, el mercado de esclavos más importante de América del Norte, pasa a llamarse, ahora, Nueva York; y Wall Street es el nombre de la calle de la muralla construida para que no se fuguen los negros.

(136)
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(136) McLuhan, T. C. (Compilador), Touch the Earth (A self-portrait of Indian existence), Nueva York, Simon and Schuster, 1971.
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Monday, October 24, 2011

Portuguese pavements: Eduardo Nery, Martim Moniz / Rua da Mouraria, Lisboa, Portugal

Quando a calçada sustém, explica, justifica e garante o monumento... O pavimento é o rebatimento das fachadas, com os círculos desenhados no chão, como anfiteatros, a remeterem o adro para a sua função original de convívio. Uma obra notável a precisar de respeito e atenção.   




[1987/1991]
Rua da Mouraria e Martim Moniz. Pavimentação em calçada-mosaico

Imagens copiadas por mim do livro
Texto do referido livro:
PROJECTO: 1987 e 1988. EXECUTADO: Entre 1987 e 1991. COLABORAÇÃO: Arquitectos José Lamas e Carlos Santos Duarte. ENCOMENDA: EPUL- Empresa Pública de Urbanização de Lisboa. LOCALIZAÇÃO: Rua da Mouraria e adro da capela de Nossa Senhora da Saúde, Largo do Martim Moniz, Lisboa. Pavimentação em calçada-mosaico, em preto e branco, da Rua da Mouraria e do adro da capela de Nossa Senhora da Saúde. Construídos na sequência de directivas de pavimentação e de espaços exteriores, definidas em 1981 por Eduardo Nery, integrado na equipa dirigida pelos arquitectos José Lamas e Carlos Santos Duarte, vencedores do concurso para a renovação urbana do largo do Martim Moniz. Parte do pavimento e uma pequena plataforma circular, num triângulo a poente da capela, construídos entre 1990 e 1991 segundo projecto de Eduardo Nery, foram desmontados pela Câmara Municipal de Lisboa, com o novo arranjo de 1997.
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Eduardo Nery (Official Website)
(neste blogue)

Thursday, October 20, 2011

Wallpaper groups. Portuguese pavements: Lisboa, Praça do Município, Eduardo Nery - p4mm

Versão da minha exclusiva responsabilidade, feita para este blogue, de uma parte (expandida no desenho) do pavimento da Praça do Município, de Lisboa, cujo autor é Eduardo Nery. Esta versão destina-se apenas a mostrar as propriedades geométricas dessa parte do pavimento.
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Wednesday, October 19, 2011

Portuguese pavements: Eduardo Nery, Praça do Município, Lisboa, Portugal


[1997/1998]
Praça do Município, Lisboa Pavimento em calçada - mosaico
Imagens copiadas por mim do livro
Texto do referido livro:
PROJECTO: 1997. EXECUÇÃO DO PAVIMENTO: 1997 e 1998. ÁREA APROXIMADA: 60m x 78,5m. PROJECTO URBANÍSTICO: Arquitecto Francisco Silva Dias. EXECUÇÃO: Teixeira Duarte, S.A. e Soconstrói. LOCALIZAÇÃO: Praça do Município, Lisboa.
Desenho de pavimento em calçada - mosaico, em branco e preto, segundo o novo arranjo da Praça do Município, ditado pela construção de um parque de estacionamento subterrâneo e pela alteração do trânsito na praça.
O centro da praça, marcado pelo pelourinho, foi assinalado por uma composição circular radial sobreposta a uma quadrícula preenchida com espinhado em preto e branco.
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Eduardo Nery (Official Website)
 (neste blogue)

Monday, October 10, 2011

"NO MEIO DO CAMINHO" (Carlos Drummond de Andrade)

(...)
O sr. Drummond de Andrade passa por ser o autor de um poema (?) ou que melhor nome tenha, a que deu o título "No meio do caminho". Essa produção corre mundo e é considerada ora obra de gênio ora monumento de estupidez. Na realidade, não é nenhuma dessas coisas, nem pertence ao estro do sr. Drummond. Com efeito, quem se der ao trabalho de examinar-lhe o texto verificará que se trata tão-somente da repetição, oito vezes seguidas, dos substantivos "meio", "caminho" e "pedra", ligados por preposições, artigos e um verbo. Não há nisto poema algum, bom ou mau. Há apenas alguns vocábulos, que podem ser encontrados facilmente no Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, revisto pelo sr. Aurélio Buarque de Holanda.
Esse pequeno fato literário fez despertar em alguns julgadores a suspeita de que se trata de um mistificador. Tem-se por vezes a impressão de que o sr. Drummond se diverte com o escândalo produzido por seus escritos, escândalo de que emergem as seguintes opiniões a seu respeito: "É um burro." "É um louco." "É superior a Castro Alves e igual a Baudelaire."
(...)
Leitura, junho de 1943
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(AUTO-RETRATO, Carlos Drummond de Andrade, Auto-retrato e outras crônicas)


No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

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NO MEIO DO CAMINHO na voz de Carlos Drummond de Andrade
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Ver um pouco da estória deste poema e traduções:
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Neste blogue: